Sucessão patrimonial é sobre cuidado com o que fica depois da gente

Falar de futuro também é falar do que acontece quando a gente já não está mais aqui. Parece difícil, mas é um gesto de cuidado com nossos familiares. A sucessão patrimonial é justamente isso: uma forma de garantir que os recursos que você juntou ao longo da vida possam ser repassados com tranquilidade para quem você escolher.

Na prática, é o processo de transferência dos bens de uma pessoa que faleceu para seus herdeiros legais ou beneficiários indicados. E quando falamos de previdência complementar, essa transição acontece de forma mais simples, rápida e com menos burocracia do que no inventário comum.

Ao aderir a um plano de previdência, você pode indicar beneficiários na maioria dos casos (mas sempre é importante conferir no regulamento do plano se esse benefício está disponível). São essas as pessoas que vão receber o valor acumulado no plano caso algo aconteça. Esse repasse pode ser feito de uma vez só ou transformado em uma renda mensal, dependendo das regras do plano e da escolha feita no momento da contratação.

Essa é uma maneira concreta de proteger quem você ama. E mais do que proteger, é um jeito de dar continuidade ao cuidado que você construiu em vida. Mesmo que a pessoa não indique beneficiários, os valores não ficam perdidos. Eles são repassados aos herdeiros legais, conforme o que estiver previsto no regulamento.

Vale lembrar que os recursos da previdência não entram na partilha de bens como herança comum. Isso significa que eles não precisam passar por inventário, o que torna tudo mais ágil e menos complicado para quem fica.

Por isso, se você tem um plano de previdência ou está pensando em contratar um, vale dar atenção a esse ponto. Consultar o regulamento e manter a indicação de beneficiários atualizada faz toda a diferença.

Pensar em sucessão patrimonial é uma forma de continuar cuidando, mesmo depois da partida. E esse gesto, por mais simples que pareça, tem um valor enorme para quem segue a caminhada. É uma maneira de evitar burocracias e dores de cabeça num momento que já é delicado por si só. É garantir que o que foi construído com esforço e planejamento continue cumprindo um propósito. Mais do que falar de herança, é falar de afeto, de responsabilidade e de respeito. Porque quando a gente cuida do depois, a gente cuida também da memória, da tranquilidade e da segurança de quem fica.