Dinheiro traz, sim, felicidade

Durante muito tempo, a frase “dinheiro não traz felicidade” foi tratada como um ditado popular quase incontestável. Mas estudos recentes estão colocando essa ideia em xeque. Uma nova pesquisa conduzida por Matthew Killingsworth, psicólogo e pesquisador da Wharton School, revela que há, sim, uma relação direta entre nível de renda e sensação de bem-estar. E mais: essa relação é contínua: quanto maior a renda, maior o nível de felicidade percebido.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou dados de mais de 33 mil pessoas e trouxe uma conclusão que surpreendeu até os mais céticos. A felicidade média de indivíduos extremamente ricos é significativamente mais alta do que a daqueles que já possuem rendas muito elevadas. Em termos simples, bilionários são cerca de três vezes mais felizes do que milionários.

Mas o que explica essa diferença? Segundo Killingsworth, não se trata de luxo ou acúmulo de bens, mas da sensação de autonomia. Pessoas com mais recursos sentem que têm maior controle sobre a própria vida. Podem tomar decisões com mais liberdade, têm menos preocupações com imprevistos financeiros e, consequentemente, experimentam menos estresse diário. Ter dinheiro não elimina todos os problemas, mas reduz drasticamente a insegurança em relação ao futuro.

Esse ponto nos leva a uma reflexão importante sobre o papel do planejamento financeiro e, em especial, da previdência complementar. Embora a maioria das pessoas não esteja mirando o primeiro bilhão, é inegável que acumular patrimônio ao longo do tempo é uma forma eficaz de construir uma vida mais estável e, por que não, mais feliz. Poupar para a aposentadoria, investir com objetivos claros e ter um plano para o longo prazo não são apenas práticas financeiras, são decisões que impactam diretamente a qualidade de vida futura.

A previdência complementar, nesse contexto, surge como uma ferramenta essencial. Ela permite que o indivíduo construa, gradualmente, um colchão financeiro que garante mais segurança no futuro. E essa segurança é o que permite fazer escolhas com mais autonomia: trabalhar por prazer, descansar sem culpa, cuidar da saúde, apoiar filhos e netos, viajar ou mesmo manter um padrão de vida confortável depois que a renda do trabalho cessar.

É comum que o planejamento financeiro seja visto como algo técnico ou distante, mas estudos como o de Killingsworth ajudam a reposicioná-lo como um pilar do bem-estar. Felicidade, afinal, não é apenas uma emoção passageira, mas uma construção que envolve estabilidade, liberdade e tranquilidade. E isso está profundamente ligado às nossas decisões financeiras.

Investir com propósito, manter constância nos aportes e entender que o tempo é um aliado pode ser o caminho mais realista, e mais acessível, para transformar dinheiro em qualidade de vida. Não pela busca de cifras cada vez maiores, mas pela capacidade de viver com menos ansiedade, mais liberdade e maior satisfação com a própria trajetória.

Se dinheiro traz, sim, felicidade, que ele seja construído com consciência, com propósito e com planejamento.

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1 de outubro de 2025

12 respostas em "Dinheiro traz, sim, felicidade"

  1. Normalmente o sujeito que não possui muitos recursos financeiros, não consegue pagar as contas básicas, tem dificuldades com a provisão do lar, tá devedor do banco, tem muita felicidade, quem me contou foi o Papai Noel. Tudo que é demais, que excede o necessário , inclusive o vil metal, em dado momento, deixa de ser bom, mas, tudo o que é de menos, que falta, é muito pior, principalmente o vil metal.

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