Comemorado em 31 de outubro, o Dia Mundial da Poupança nasceu em 1924, durante o 1º Congresso Internacional de Bancos de Poupança, realizado em Milão, na Itália. A iniciativa surgiu num contexto de reconstrução pós-Primeira Guerra Mundial, quando a economia europeia buscava se reerguer e era preciso restaurar a confiança das pessoas no ato de guardar e investir o próprio dinheiro. Desde então, a data se consolidou como um convite anual à reflexão sobre o hábito de poupar e o papel da educação financeira na construção de um futuro mais seguro.
Mais do que uma prática econômica, poupar é um comportamento que revela nossa capacidade de planejar o amanhã. O economista brasileiro Eduardo Giannetti, em seu livro O valor do amanhã, explica que poupar envolve uma troca intertemporal, ou seja, abrir mão de uma satisfação imediata, visando um benefício maior no futuro. Em suas palavras, o juro representa justamente “o preço do tempo”, isto é, quanto o presente costuma valer mais do que o futuro, e o desafio de quem poupa é inverter essa lógica, atribuindo valor ao amanhã.
Essa escolha, contudo, nem sempre é simples. Vivemos em uma sociedade que valoriza o consumo e o prazer instantâneo, o que torna a poupança um ato de disciplina e consciência. Ainda assim, ela é essencial. Seja para formar uma reserva de emergência, seja para investir em objetivos de longo prazo, como a aposentadoria, o ato de poupar representa o primeiro passo para a liberdade financeira.
É importante compreender também o papel dos juros nesse processo. Quando poupamos e investimos, permitimos que os juros trabalhem a nosso favor, multiplicando o valor aplicado ao longo do tempo. O efeito dos juros compostos, conhecido como “juros sobre juros”, faz com que cada real investido cresça de forma acelerada, principalmente quanto maior for o horizonte de tempo.
Por outro lado, quando nos endividamos, o mesmo mecanismo atua contra nós. Os juros passam a corroer nosso patrimônio, tornando a dívida cada vez mais difícil de quitar. Essa é a principal diferença entre quem investe e quem se endivida. Em um caso, o tempo é aliado, no outro, é inimigo.
No campo da previdência complementar, a lógica é a mesma. As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) e outras instituições do setor, oferecem planos que transformam o hábito de poupar em uma estratégia de longo prazo. Por meio de contribuições periódicas e investimentos bem estruturados, esses planos permitem acumular recursos ao longo da vida profissional, garantindo uma renda futura que complementa o benefício do INSS.
Ao celebrar o Dia Mundial da Poupança, vale lembrar que poupar não é apenas guardar dinheiro, é construir possibilidades. É o que transforma sonhos em planos e planos em conquistas. Quanto mais cedo começamos, maior é o poder do tempo sobre o nosso patrimônio e sobre o nosso futuro.
Como reforça Giannetti, compreender o “valor do amanhã” é reconhecer que o tempo é o bem mais valioso de todos, e que usar o presente para cuidar do futuro é uma das decisões mais inteligentes que podemos tomar.
Você precisa estar logado para avaliar este conteúdo. 🙂
1 respostas em "O Dia Mundial da Poupança lembra o valor de planejar o futuro hoje"
Deixe uma mensagem
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.



 
				
Boa notícia