“Vou me aposentar e ir morar na praia”, “vou me aposentar e ficar de pijama na sala vendo TV” – esses são algumas das ideias mais comuns associadas à aposentadoria. No entanto, cada vez mais, aposentados têm retornado ao mercado de trabalho. Alguns buscam dar continuidade à carreira, outros desejam se dedicar a projetos profissionais que suas antigas funções não permitiam, e há também aqueles que buscam complementar a renda.
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De acordo com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), desde 2016, com a crise econômica, muitos aposentados têm retornado ao mercado de trabalho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 22 milhões de idosos, pessoas com mais de 60 anos, e aproximadamente 7 milhões ainda estão ativos no mercado de trabalho. Outro dado relevante é que muitas empresas têm reconhecido o valor da mão de obra dos aposentados que desejam voltar ao trabalho. Uma pesquisa do Centro Internacional da Longevidade (ILC) aponta que as empresas veem diversos pontos positivos na contratação de aposentados, como a capacidade de lidar com a pressão no ambiente de trabalho, além de contribuir para a formação profissional dos mais jovens.
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Reforçando essa informação, outro estudo, desta vez da Fundação Getúlio Vargas, aponta que até 2040, 57% dos trabalhadores terão mais de 45 anos. Além disso, um levantamento conduzido por uma plataforma de empregos destinada a profissionais com mais de 50 anos revela que 57% das empresas demonstram interesse em contratar pessoas nessa faixa etária.
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O que muda nos direitos trabalhistas para quem volta ao mercado? O trabalhador aposentado possui os mesmos direitos que qualquer outro trabalhador sob o regime da CLT, incluindo férias remuneradas e décimo terceiro salário. Ele também contribui para o INSS, embora essas contribuições não se acumulem em benefícios adicionais, a menos que cumpra o tempo mínimo estipulado pelo INSS, que é de 15 anos, no novo contrato.
Entretanto, o trabalhador aposentado não tem direito a auxílio-doença nem seguro-desemprego, mesmo contribuindo. A empresa pode oferecer auxílio nos primeiros 15 dias de doença, após esse período receberá apenas a aposentadoria.
Além disso, ao se aposentar, todo o valor do FGTS pode ser sacado. O que muda para o trabalhador aposentado é que, se continuar na mesma empresa, pode optar por sacar mensalmente os valores depositados pelo empregador. Caso trabalhe em outra empresa, não poderá retirar o dinheiro mensalmente, apenas ao final do contrato.
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Com o envelhecimento da população, cada vez mais pessoas retornarão ao mercado de trabalho, seja qual for o motivo. Mantenha-se atento sobre seus direitos, pois com o aumento da longevidade a ideia de uma vida ativa no trabalho por mais tempo já é uma realidade.
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23 respostas em "Aposentados que voltam ao mercado de trabalho"
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Muito importante
Esse retorno as atividades laborais não é tão fácil quanto faz parecer. Ainda há muito preconceito com pessoas idosas no retorno ao mercado de trabalho. Tem muito ” faz de conta ” nessa suposta boa vontade com o pessoal do 50 +,e, principalmente, com o pessoal do 60+, o que conta , ainda, é a boa e velha relação interpessoal, com velhos amigos profissionais que estão na ativa.
Informações bem interessantes.
Muito Bom!
Acho que todos ganham, se o aposentado recebe uma aposentadoria digna e se tem saúde… Cada um faz o que acha melhor após a aposentadoria.
importante, mas relações/vinculo pessoal conta muito neste momento.
Glorias a FAF
Interessante
O etarismo é tema recorrente no mercado de trabalho
O etarismo esta em alta agora.
Muito bom
Interessante
Importante ter diversificações de gerações no ambiente de trabalho
muito bom
Bom
muito bom
bom!
Muito bom!
Importante, mas o que está levando mesmo as empresas a recontratar ou continuar com as pessoas aposentadas é muito mais a falta de jovens comprometidos do que propriamente a vontade de contar com essas pessoas.
Boa reportagem
otimo
muito bom.
excelente
bacana