Black Friday: o consumo consciente começa antes da compra 

Saber diferenciar necessidade e desejo é o caminho para escapar dos apelos dessa data.

A cada novembro, as vitrines se enchem de promessas irresistíveis: descontos imperdíveis, oportunidades únicas, a chance de comprar “aquele” produto desejado por um preço imperdível. A Black Friday, que começou como uma data pontual do varejo, hoje se transformou em um evento cultural. Para muitos, é um teste de autocontrole financeiro. 

Mas o que diferencia uma boa compra de uma decisão impulsiva? A resposta passa, antes de tudo, pela reflexão sobre dois conceitos simples: desejo e necessidade. 

Necessidade é aquilo que tem função prática na nossa vida, o que usamos, de fato, e cujo valor está no benefício que traz. Desejo, por outro lado, é emocional. Ele nasce do impulso, do marketing, da comparação social ou da sensação de recompensa imediata. Saber distinguir um do outro é o primeiro passo para um consumo consciente e saudável. 

Durante a Black Friday, essa fronteira costuma ficar turva. Os estímulos são intensos, o tempo é curto e o apelo à urgência (“últimas unidades!”, “somente hoje!”) leva muita gente a agir antes de pensar. Essa pressa, porém, tem um preço. Gastos não planejados comprometem o orçamento, reduzem a capacidade de poupança e dificultam o alcance de metas financeiras importantes, como, por exemplo, quitar dívidas, formar uma reserva de emergência ou investir no futuro. 

Em contraponto à impulsividade do consumo, a educação financeira convida à pausa e à reflexão. Antes de clicar em “comprar”, vale responder: eu realmente preciso disso? Esse gasto está previsto no meu orçamento? Ele contribui para meus objetivos de longo prazo? Muitas vezes, o simples ato de adiar a decisão por 24 horas já é suficiente para perceber que aquele “desconto imperdível” pode, na verdade, ser uma despesa desnecessária. 

Entidades de previdência complementar têm como missão incentivar a consciência financeira e o planejamento de longo prazo. Afinal, escolhas inteligentes no presente são o que constroem a segurança no futuro. Ao transformar a Black Friday em uma oportunidade de reflexão, e não de endividamento, o consumidor fortalece não apenas o próprio orçamento, mas também o hábito da responsabilidade financeira. 

Consumir de forma consciente não significa deixar de aproveitar boas ofertas. Significa, sobretudo, escolher com propósito. É comprar o que faz sentido, sem abrir mão da tranquilidade de saber que suas finanças, e seu futuro, continuam sob controle. Em tempos de tantas ofertas, o verdadeiro desconto é evitar o arrependimento depois da compra. 

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18 de novembro de 2025

2 respostas em "Black Friday: o consumo consciente começa antes da compra "

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