Os pais desempenham um enorme papel na vida dos filhos. Influenciam, na esmagadora maioria das vezes, diversas escolhas, das mais básicas às mais complexas, contribuindo para uma série de comportamentos e, inclusive, crenças sobre a vida. E, quando se fala em finanças, a forma com que pais lidam com as próprias economias, tem alto ou baixo grau de educação financeira, e introduzem seus filhos em assuntos financeiros, é totalmente determinante para moldar a “lógica financeira” de um indivíduo.
Por trás de todo cidadão que hoje sabe (ou não) o que está fazendo com o próprio dinheiro, sempre haverá uma figura paterna influenciando, às vezes positiva, às vezes negativamente. Ser bem ambientado aos assuntos financeiros é uma vantagem, sem dúvidas, mas não significa que aqueles que não experimentaram da mesma sorte não possam encerrar um ciclo para construir outro. Independentemente de quaisquer adversidades, sempre há tempo de ser a primeira figura paterna a buscar e trazer educação financeira para dentro da família.
Para isso, existem alguns conselhos financeiros que são, não por acaso, herdados de geração para geração:
1. “O valor do dinheiro vai além de ler o número na nota”
Desde cedo, é fundamental compreender que o dinheiro não é apenas um meio para satisfazer desejos imediatos, mas um recurso que deve ser gerido com responsabilidade. Um exemplo prático é levar os filhos ao mercado e explicar como o dinheiro é utilizado para comprar bens e serviços, mostrando as diferentes formas de pagamento, como dinheiro em espécie, cartão de crédito e até mesmo o Pix.
2. “Ninguém aprende ser tocar no assunto”
É importante tentar manter a conversa sobre finanças sempre presente no dia a dia da família – e não é necessariamente falando sobre as próprias contas, e sim conversando sobre diversos aspectos dele que impactam a nossa vida e o mundo a nossa volta. E, além de falar no assunto, é preciso não ter vergonha de fazer perguntas ou pesquisar conceitos básicos no Google! Vá nas informações mais básicas, se esse for o ponto de partida, mas não deixe de procurar a integração desse assunto.
3. “Mesada com direito a folha de pagamento”
A mesada é uma clássica e excelente ferramenta para ensinar responsabilidade financeira. Ela funciona como uma espécie de salário, dando às crianças a oportunidade de aprender a administrar seu próprio dinheiro. Não é incomum que alguns pais tenham, também, uma “folha de pagamento” da mesada, com um balanço de ganhos, gastos, taxas e até penalidades que a mesada pode sofrer pelo descumprimento de tarefas estabelecidas em casa.
4. “Mostre que o primeiro passo da concretização de um sonho é a primeira economia que se faz pensando nele”
Mostrar aos filhos como definir objetivos financeiros e monitorar seus gastos é um legado para a vida inteira. Incentivar nossos filhos a pouparem parte da mesada para alcançar metas e sonhos, como uma viagem ou um item de maior valor, traz a noção de que o bom da vida é aproveitar o presente sem deixar de pensar no que estará nos esperando no futuro. Após o estabelecimento de metas e o trabalho para conquistar os objetivos, recompense seus filhos quando essas metas forem alcançadas. Celebrar essas conquistas ensina a importância de ter paciência e disciplina financeira.
5. “Una a mesada e os investimentos na mesma conversa”
À medida que compreendem melhor o conceito de dinheiro, é hora de introduzir noções básicas de investimento. Comece explicando o que é a renda fixa e, gradualmente, apresente a renda variável. Uma maneira prática de ensinar isso é fazer uma aplicação juntos, como em um CDB, e mostrar os resultados ao longo do tempo. Isso não apenas ensina sobre a importância de investir, mas também sobre paciência e resiliência financeira. Acredite, um dos maiores marcos financeiros da vida de alguém é perceber quanto dinheiro o próprio dinheiro “fez” para você.
6. “Trabalho e renda extra”
Compreender a dinâmica do trabalho e a importância de uma renda extra é crucial. Explique aos seus filhos como o trabalho é a principal fonte de renda e como ele permite que a família tenha alimentação, moradia, estudos, investimentos e etc. Mas, além disso, já que um não necessariamente exclui o outro, fale também sobre renda extra, como projetos escolares, venda de artesanatos ou até a venda de brinquedos e roupas usadas. Dessa forma, vive-se mais confortavelmente e pode se chegar mais rápido aos objetivos desejados.
7. “Controle o dinheiro, e não o contrário”
Após conselhos que incentivam a produção da própria riqueza, aqui vai um lembrete para não exagerar na ideia e, do contrário, passar para os seus filhos a noção de que o dinheiro é um meio para se alcançar um fim. Sempre que o dinheiro passa a ocupar lugares que não são os dele, como no lugar da família, de todo o nosso tempo, dos valores morais e etc., nós arriscamos a nossa humanidade – e ela não tem preço.
Os conselhos financeiros de pai para filho vão muito além de simples dicas; são lições de vida que moldam a relação das crianças com o dinheiro e preparam o caminho para um futuro de sucesso, consciência e estabilidade financeira. Aproveite o próximo Dia dos Pais para falar sobre dinheiro, ou melhor, sobre os sonhos da sua família e como essa ferramenta irá tornar tudo realidade.
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19 respostas em "Conselhos financeiros de pai para filho"
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Boa reportagem
mu ito bo m
Otimo conteudo!!!
Ótima matéria
Bom
Ótimo conteúdo
Muito bom.
ótima materia
Nesses parâmetros devemos ensinar o valor das coisas, não , apenas, quanto ” custa ”. O único lugar no qual o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.
Bom conteúdo
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Otimo
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Muito importante
Muito Bom
Muito boom
Valores para a vida
Muito bom
Muito importante esse assunto