Mais da metade dos brasileiros passa mais de um ano sem ir ao dentista, segundo IBGE

A saúde geral é sempre uma preocupação, mas frequentemente negligenciamos nossa saúde bucal. Entende-se como saúde bucal ou saúde da boca a capacidade de falar, sorrir, ingerir alimentos e utilizar expressões faciais sem dores ou qualquer desconforto. A saúde bucal interfere diretamente na saúde geral, na autoestima e na qualidade de vida.

Apesar de ser muito importante, no Brasil existe uma cultura de medo de dentista. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55% dos brasileiros ficam mais de um ano sem ir ao dentista. Embora muitos considerem uma questão estética, cuidar dos dentes é uma questão de saúde. A importância de ir regularmente ao dentista é que só assim é possível prevenir cáries e doenças gengivais, além de manter a saúde bucal em dia.

A população precisa entender que a boca é um local de entrada não somente de alimentos, mas também de bactérias, que por falta de higiene bucal podem causar sérios problemas. Por exemplo, quem tem diabetes deve ter um cuidado redobrado com a higiene bucal, pois é importante estar atento a contaminações, principalmente as que podem ser ocasionadas. Além disso, diabéticos têm uma predisposição a doenças periodontais e inflamações na gengiva e as contaminações podem alterar o nível de glicemia. O Ministério da Saúde recomenda que, mesmo para quem não tem diabetes, mas possui histórico familiar, principalmente de mãe ou pai, que tenha cuidado redobrado.

Mas qual é a frequência ideal para ir ao dentista? O recomendado é visitar o dentista a cada seis meses. Nessas visitas, além de avaliar a saúde bucal, é possível realizar limpezas, remoção de tártaro, cáries e lesões, que são umas das principais doenças ortodônticas.

Cárie: a cárie é a doença bucal mais conhecida, sendo muito comum em crianças, mas também encontrada em adultos. Ela ocorre devido a resíduos de alimentos não retirados dos dentes, por falta ou má escovação e pela não utilização do fio dental. O acúmulo dessas bactérias compromete a estrutura dos dentes.

Gengivite: os principais sintomas da gengivite são sangramento na gengiva, inchaço e vermelhidão na região. Provocada pelo excesso de placa bacteriana na boca, a gengivite pode evoluir para periodontite, uma condição que pode levar à perda do dente caso não haja uma procura imediata por um dentista.

Endocardite bacteriana: a endocardite bacteriana é uma das condições mais complexas, pois pode afetar o coração. Bactérias podem entrar na corrente sanguínea e danificar o revestimento do coração. Se não tratada, pode causar até óbito. Além disso, a falta de higiene bucal também facilita outras doenças cardíacas; por exemplo, quem tem periodontite tem mais chances de ter um infarto ou uma embolia pulmonar.

A prevenção é a melhor escolha. Ir ao dentista regularmente permite identificar antecipadamente a necessidade de tratamentos mais complexos.

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7 de junho de 2024