
Vivemos em uma sociedade onde estar sempre ocupado virou sinônimo de produtividade, e até o descanso, muitas vezes, é visto com culpa. No Brasil, uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR) aponta que mais de 70% dos brasileiros sofrem com estresse relacionado ao trabalho, sendo que 32% estão no nível de burnout, quando o cansaço deixa de ser só físico e se torna mental e emocional.
Diante desse cenário, entender que descansar não é preguiça, nem perda de tempo, é essencial. Pelo contrário, descansar é uma estratégia inteligente de cuidado com sua saúde, sua vida e até suas finanças. Afinal, mente exausta toma piores decisões, adia planejamentos, perde clareza para lidar com desafios e até compromete a capacidade de pensar no futuro de forma estruturada.
Mas descanso não é só parar. Descansar de verdade é fazer pausas que te reconectam, que te tiram do automático e te colocam no presente. É desligar-se do excesso de informação, do consumo acelerado, das exigências externas, e muitas vezes até das internas.
E isso vale para tudo, descanso físico, mental, emocional, digital e até financeiro. Tirar um tempo para reorganizar as finanças, rever metas, ajustar planos e simplesmente respirar também é uma forma de se cuidar.
O descanso não precisa acontecer só nas férias, nem depende de grandes escapadas. Está nas pequenas escolhas do dia a dia. Atividades como caminhadas ao ar livre, meditação, alongamento, leitura por prazer, ouvir música, praticar algum hobby, cozinhar sem pressa, jardinagem, trabalhos manuais, arte, contemplar a natureza ou até mesmo se permitir momentos de silêncio e reflexão ajudam a reduzir o estresse e recuperar a energia.
Além disso, o descanso também está em aprender a colocar limites, dizer não quando for necessário, equilibrar tarefas, organizar melhor a rotina e desconectar-se, sempre que possível, das telas e da sobrecarga de informações. Criar rituais de desaceleração, como tomar um café com calma, respirar profundamente algumas vezes ao dia ou estabelecer um horário para encerrar as atividades, faz toda a diferença.
Reaprender a descansar é, antes de tudo, um ato de autocuidado e de inteligência emocional. É reconhecer que uma vida saudável não se faz apenas de produtividade, mas também de pausas, respiros e momentos de presença. E sim, isso também é uma decisão de quem investe na própria vida.
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2 respostas em "Reaprender a descansar: o descanso como prática ativa de cuidado"
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Muito bom.
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